terça-feira, 8 de abril de 2008

Em busca de novo consenso mundial
O estado de São Paulo
4 de abril de 2008 – Caderno Espaço Aberto
Jornalista: Washington Novaes


Nos dias atuais conforme passa o tempo, mais se torna evidente que o mundo todo terá de aprender a fazer contas dos custos ambientais e sociais embutido em todas as ações de governos, empresas e pessoas que depredam o meio ambiente. E esse dano ecológico ao nosso meio deve ser evitado, reduzido e atribuído a que o gera, não a toda sociedade.
Em recentes informações divulgadas através de um estudo feito pelos Proceedings of the National Academy of Sciences dos EUA, demonstra que as nações mais ricas são responsáveis pela maioria dos danos ecológicos que afeta a maioria dos países mais pobres ,mas quem anda pagando a conta são os países mais pobres e vem reforçar a teoria de que os danos ecológicos devem ser atribuídos a quem os gera.
A ONU diz que a maior parte da produção dos países ricos depende de recursos naturais dos países mais pobres – mas sem compensá-los pelos danos ambientais e sociais com a extração e exportação.
Essa situação de dependência já preocupa os paises centrais pois cada vez mais depende de insumos energéticos e produtos intensivos em energia que importa - no transporte, na indústria, na geração de energia, entre outros setores.Por essas e outras, o mundo parece cada vez mais pessimista. E a maioria não vê caminhos para mudar: 71% das pessoas nos EUA acham os políticos desonestos; na América Latina, 77%; na Europa, 50%. Essas pessoas parecem compartilhar a sensação de que a política e o poder, cada vez mais, se movem em realidades descoladas da realidade dos cidadãos no seu dia-a-dia; movem-se por regras e interesses apenas corporativos, por assim dizer.
O ex-ministro da Fazenda Paulo R. Haddad recentemente escreveu neste jornal (26/3, B2) que “tem surgido um grande número de propostas para se construir uma nova ordem econômica internacional baseada numa concepção abrangente e ampliada de desenvolvimento sustentável”; porque, pensa ele, “para haver prosperidade no futuro, a sociedade tem de usar seus recursos ambientais de forma imensamente mais produtiva e socialmente mais justa com as atuais e as futuras gerações”.
Convém prestarmos atenção, nesta hora crítica em que continuamos aferrados, em nossa política, a velhos conceitos que precisam ser revistos.
Na publicação “Em busca de novo consenso mundial” o jornalista Washington Novaes explicita a sua opinião baseada em pesquisas e depoimentos recentes de forma crítica nos alertando para a desigualdade que sofre as nações pobres , antes produzindo produtos inferiores e agora sofrendo com os danos ecológicos gerados pelas nações ricas. Temos também uma matéria de caráter elucidativa trazendo dados de pesquisas e de instituições diferentes de forma imparcial, mas empregando um perfil ousado para defender o ponto de vista principal do texto que é a igualdade social entre as nações.
O tema possui uma importante relação direta com a Administração pois retrata o futuro recente de como deve se portar as empresas perante o meio ambiente para poderem sobreviverem de maneira ecologicamente correta e gerarem com isso uma sustentabilidade de seu processo produtivo agregando valores aos seus produtos e gerando economia com o não desperdício de materiais e mão de obra.